sábado, 17 de novembro de 2012

Revelação e Fé: apontamentos II


Jesus de Nazaré como um Messias diferente
Profeta: alguém autorizado e enviado por Deus que profere e proclama a sua Palavra.
Era esperado um profeta singular, único, de tanta importância como o próprio Moisés. O perfil deste profeta vai-se identificando com a figura futura e enigmática do Messias Jesus. Em muitos aspectos identifica-se e aproxima-se dos anteriores profetas de Israel.
É tradicional porque anuncia a Palavra como os profetas do Antigo Testamento e vai dando sinais para anunciar a Palavra – gira em volta da Aliança Prometida e do reino de Deus esperado.
É inovador porque é o profeta que todos esperavam, Nele se realiza toda a Escritura.
Leva uma vida típica de um mestre e pregador itinerante, calcorreando a Palestina.
Onde está o espírito profético? Ainda há profetas?
Pelo baptismo todos somos profetas, temos como missão a responsabilidade da Palavra. Cada cristão é a boca de Deus no mundo e há uma enorme falta de consciência do que somos.

Jesus como Rei
A esperança num Messias concretizava-se na descendência de David, seria um seu descendente o rei de Israel (São Mateus, São Lucas – Genealogias de Jesus). Jesus atingiu importância logo no seu nascimento. Vieram os Magos prestar-lhe homenagem. Mas a realeza de Jesus manifesta-se diferente e oposta à realidade em geral – Jesus de Nazaré é um rei pobre, generoso, não violento, anunciador de misericórdia e da dignidade humana. Convive com a escória da humanidade, é um verdadeiro Rei mas um Rei diferente, não é um rei em competição com os reis deste mundo.
Os milagres de Jesus manifestam-No como Senhor e Rei da própria Natureza.
Pelo baptismo e confirmação todo o cristão participa da realeza de Jesus e é chamado a construir, pelo seu serviço, o reino de Deus na Terra, já iniciado em Jesus mas não consumado.

Jesus como sacerdote
Sacerdote é um membro da comunidade humana concreta que em nome e representação pública e oficial tem a seu cargo assegurar as relações com Deus.
O sacerdote representa a comunidade perante Deus e ao mesmo tempo entre Deus e os homens. A mediação é exercida através da oferta de dons a Deus e a distribuição ao homem dos dons de Deus.
Neste sentido, encontramos a instituição sacerdotal presente ao longo de toda a história de Israel. O que distingue o sacerdote é o sacrifício, a ação sagrada em nome da comunidade. O sacrifício implica o sacerdote, a vítima oferecida a Deus, o pão, o vinho e a própria oração de louvor. Tudo isto se verifica em Jesus Cristo.
O sacerdócio comum é dado pelo baptismo e pela confirmação de todos os que participam no sacerdócio de Jesus Cristo.
O sacerdócio ministerial é dado pelo sacramento da ordem.

A Boa Nova do Reino, mensagem de Jesus
O reino de Deus é o total domínio do amor, da justiça e da paz, é o início da renovação universal e da natureza, da história e do homem. É uma realidade profundamente divina e também humana, é uma resposta de Deus à interrogação, à busca e à situação do homem.
A Boa Nova trazida por Jesus é o Amor. É uma oferta gratuita o dom que Deus faz aos homens no seu filho Jesus, dom da nova vida, vida eterna e vida divina. Acolher a Boa Nova é acolher Jesus.

O Reino de Deus e o tempo
Jesus anunciou: o tempo chegou ao seu termo e o reino de Deus está próximo. O tempo tem valor definitivo e eterno. A vida terrena tem significado definitivo e eterno na Parousia – última vinda de Messias no fim do tempo humano. Somos o que fazemos ou seremos o que fizermos.
O Reino de Deus está em crescimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário